terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
História da casa sem portas parte três
Só que você estiver pensando que eu também transei com ela, está redondamente enganado.Ela estava a espera só pra me provocar, não de forma lasciva, mas de forma que a gente brigasse e os pais dela aparecessem e me visse ali com ela daquele jeito. Resumindo, queria ferrar comigo. Não conseguiu. Quando ela tentou elevar o tom de voz, a segurei pelo braço, prensei ela contra a parede e coloquei a mão na boca dela. Fiquei assim por uns dez minutos dizendo para ela que se fizesse isso iria fazer algo muito ruim com ela. Era só uma ameaça, não iria fazer nada com ela. O pior é que nesses dez minutos ela mordia a minha mão com uma força que pensei que ela iria arrancar um pedaço. Eu a larguei e fui pro quarto. Ela foi para os quarto dos pais e se deito num colchonete próximo a cama deles. Como não tinha mais nenhuma cama disponível, voltei pra varanda e fiquei olhando pro horizonte até o dia clarear. Era Domingo e o povo costumava dormir até tarde. Quando a primeira pessoa levantou, fui pro quarto dormir na cama. E era a cama dos pais dela. Deitei e pouco depois senti algo quente nas minhas pernas e era a costas dela. Eu pensei que ela tinha se levantado, mas ela estava procurando um lençol para dormir na cama. Mesmo assim, com muito sono dormi e só fui acordar ás 17:00.Depois que levantei vi dois moleques (eu era um, mas e daí) me olhando e apontando pra mim falando algo que eu não conseguia entender. Só ficava pensando nela e até cheguei a ir a porta da casa dela, mas mal eu sabia o nome dela e eu não seria louco de perguntar para o pai dela se a filha dele estava em casa.A situação na casa estava indo de mal a pior. Eu me alimentava mal, fiquei doente e ainda tive uma briga feia com aquela menina. Tão feia que fez o meu pai e eu mudarmos de casa. Mas não antes de eu saber quem era aquela garota.Pra minha decepção descobri que ela tinha 13 anos e que ela "iniciou" a maioria dos moleques dali. Fiquei traumatizado com aquilo. Simplesmente fui mais um na lista de iniciados por ela. Nessa idade achamos que o amor existe, que as pessoas não são más entre outras coisa ingênuas que só quando nos tornamos adultos vemos que isso praticamente não existe.Aquilo me criou uma dúvida. Será que aquilo foi armado? E ainda se aquilo foi armado por meu pai?Praticamente, só o osso eu e meu pai fomos pra outra casa que ficava perto do SBT de Belém. Eu, com um metro e cinqüenta e cinco pesava 30 quilos. Estava abatido e sem animo pra mais nada. Nessa casa o pessoal era muito legal. Mas eles achavam que eu não aguentaria uma viagem de 4 dias pela estrada de volta pra São Paulo naquele estado e me preparavam vitaminas, lanches e algo pra eu comer. Em uma semana engordei 5 quilos. Pelo menos, não aparecia tão acabado. No começo de Julho a gente estava saindo da rodoviária de Belém rumo a São Paulo. Do ônibus, via a avenida Almirante Barroso, a BR-316 e ficava pensando nela. No sorriso dela, no corpo dela. Aquilo me abatia um pouco, mas eu preferia pensar nela e nos momentos bons que passei com a Amanda!
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