sexta-feira, 27 de abril de 2007

História da casa sem portas

Bem, dizem que não é nada bom dizer a idade (só se for a Glória Maria que disse isso). Mas isso ocorreu quando eu tinha doze anos de idade. A cidade é Belém, no Pará. Eu e minha família moramos lá entre 1988 e 1989. Como não nos acostumamos com a vida lá, meu pai resolveu voltar para São Paulo. Mas só que, eu e meu pai ficamos mais um mês lá enquanto a minha mãe e meus irmãos vieram morar de favor na casa da madrinha do meu irmão mais novo em São Bernardo do Campo até eu e meu pai chegar.Ficamos numa casa que era de um tio que já havia falecido. Além da gente, morava também mais duas famílias. O engraçado dessa casa é que praticamente não havia portas. Na frente havia um grande portão, eu pensava que embaixo era a garagem, mas na verdade era a sala. Pra não dizer que não havia portas, o banheiro que ficava embaixo e a saída para o quintal nos fundos da casa tinham portas. No resto da casa não. Nem na varanda na parte de cima da casa tinha porta. E isso criava situações embaraçosas. Dificilmente você não consegui ver alguém ou ser visto se trocando ou nu.Certo dia o banheiro de baixo estava ocupado e o banheiro de cima estava desocupado. Como era de tarde e não tinha ninguém na casa, resolvi tomar banho no banheiro lá de cima. Ele ficava no final do corredor pro lado do quintal. Só tinha uma escada de madeira que levava para a laje. Como eu sabia que a pessoa que estava no banheiro debaixo iria demorar para acabar de tomar banho fiquei tranqüilo. 3 minutos depois ouço vozes de meninas. Eu pensava que era no quintal, mas não. Eram as amigas da minha prima que resolveram se reunir na laje. Cada uma que passava ria de mim que envergonhado tentava me esconder (até porque nessa idade, você que é homem, sabe o estado que a gente fica no banho). Mas uma ficou parada no banheiro me olhando e eu não sabia o que fazer. Se jogava água nela ou se a agarrava (se fizesse isso eu e meu pai seriamos expulsos da casa), mas resolvi fazer outra coisa. Já que estava "duro" fiquei balançando na frente dela. Ela ria e aí ameacei que iria pegar ela e ela saiu correndo. Desde então só tomava banho no banheiro de baixo.Isso não era o único fato que aconteceu. Como lá faz muito calor, principalmente no mês de Junho e Julho, as minhas primas e mais uma garota que era filha de uma mulher que morava junto com a gente, tomavam banho nuas e de mangueira no quintal. Até aí nada demais se elas não tivessem a mesma idade da minha. Os homens ficavam na cerca olhando aquilo e os pais não faziam nada, não repreendia, nada.Num desses dias eu estava num dos quartos lendo gibi, quando uma delas (não as primas) apareceu nua, toda molhada dizendo para eu sair do quarto para ela se trocar. Como eu e ela não nos dávamos muito bem, disse que não sairia e ela brava começou a se enxugar e eu a olhava escondido sem que ela percebesse. Apesar de não gostar dela, ela era muito gostosinha e eu ficava louco quando a via assim.Mas não topávamos, ela me odiava e eu idem. Mas eu ficava louco pra ... melhor tomar cuidado para que isso não vire um conto erótico.E nessa idade era díficil, já que para provocar, ela dormia só com uma camiseta curta e sem nada embaixo. Eu só olhava, já que eu não podia fazer nada. Nem me aproximar pois qualquer barulho chamaria a atenção de alguém e eu tinha certeza que ela faria um escândalo muito grande se fizesse alguma coisa com ela.Mas pressentia que algo iria acontecer.

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